88

Celebramos hoje os 88 anos do meu avô que continua sempre em forma. Masi um dia de festa aqui na familia.

Parabéns Mãe

Hoje é o aniversário da minha mãe e por isso não podia deixar de assinalar o dia com um post dedicado a ela.
Espero que o teu dia seja excelente. De ti só posso dizer que és uma grande professora, e fotógrafa... mas és ainda melhor Mãe
Beijos do teu filho que te adora.

Gente deste mundo - Ti João do Ginjal

Ontem deu-se um excelente evento de fotografia: o 1º Encontro de Olhares Sobre Lisboa. Do evento só posso dizer que foi excelente. De salientar o convivio e a partilha de estórias, todas elas claro ligadas ao munda da fotografia que é outra das minhas paixões. Para saberem mais sobre o evento podem visitar a página do encontro clickando aqui.

Mas o post de hoje não é para fazer uma crónica deste belo dia mas está relacionado com fotografias. Vou aproveitar hoje para introduzir um novo tipo de crónicas neste blog a que chamei: Gente deste mundo. Como o meu tipo de fotografia favorito é retratos de pessoas este espaço será dedicado a fotos que tiro a pessoas e que ache interessante e com uma nota explicatória da história/contexto da foto.
Estreio esta crónica com a foto precisamente com um senhor com que me cruzei este Domingo durante o encontro do olhares...

O seu nome é João Baptista mas é mais conhecido como Ti João do Ginjal. Ora pois este ilustre senhor é assim conhecido pois é o habitante mais antigo de Ginjal. Segundo ele me contou orgulhosamente foi morar para o Ginjal tinha ele 2 anos. Tem ele agora a bela idade de 80 anos o que significa que mora nas margens do belo rio Tejo à 78 anos. Só falei com este senhor uns parcos 5 minutos mas também ele me conquistou pela sua simpatia, tal como acontece com todo o Ginjal e arredores. Durante a conversa mostrou-me, com um brilho nos olhos, uma fotocópia a cores de um artigo de jornal sobre ele e a sua vida no Ginjal. Descobri ainda que este senhor passa o seus dias a trabalhar e a ajudar os velejadores do Clube Nautico de Almada e, inclusive mostrou-me o barco do clube nautico que foi baptizado com o seu nome num gesto de reconhecimento pela sua vida em prol do clube. Por fim ainda mostrou os seu dom para a arte da poesia declamando um belo poema de sua autoria.
Se tivesse que escolher o momento especial do encontro de fotografias deste Domingo escolheria sem dúvida estes 5 minutos onde me cruzei com este senhor tão interessante.
Para terminar deixo aqui um poema de autoria do Ti João do Ginjal que encontrei neste blog (dedicado a Cacilhas e que claro também tem o seu tributo a este ilustre cidadão, a visitar)

Ginjal, belo, que vives a sonhar

Com cravos à janela

Uma boca a cantar

Ginjal, belo como nunca vi

Tens o Tejo a teus pés

A chorar de amor por ti

"Estás maluco, nunca hás-de conseguir isso...", "Isso é impossível, sabes o que é necessário para conseguires isso?", "Não compreendo... mas por que é que queres fazer isso?", " Não era mais importante para ti teres isto e só depois entrares nesses sonhos malucos?", "Vais demorar anos a conseguir isso..."

Quantas vezes ouvimos estas frases quando contamos os nossos sonhos e planos e... muitas vezes acabamos por acreditar nelas e acabamos por desistir de concretizar os nossos objectivos. Eu cá só quero continuar a sonhar e mais importante a tentar viver o sonho demore o tempo que demorar. Se não conseguir pelo menos não me vou queixar de não ter tentado...

Pôr do Sol

Um belo pôr do sol no mar. Já tive o privilégio de ter um fim de tarde como este

Os Moken

Às vezes na TV ainda passam programas interessantes. Hoje vi um documentário sobre um povo que vive no mar que banha Myanmar (antiga Birmânia). Este povo chama-se Moken e são os "ciganos do mar".

O modo de vida dos Moken é baseado inteiramente na vida maritima. os Moken vivem em barcos construidos por eles usado o mesmo metodo tradicional de pelo menos 400 anos. No seu dia a dia os Moken são nomadas-colectores procurando no mar a comida para se alimentar. Durante 400 anos os Moken tiraram do mar apenas aquilo que precisam para viver nesse dia. Para eles só respeitando o mar é que este será benevolo com eles. Este tipo de vida sem o desejo por bens materiais, de partilha e de respeito pelo meio em que vivem é o cerne da sua ideologia. E pela história parece que tem resultado.

Este povo indigena (como quase todos os outros povos indigenas) estão a sofrer agora com as pressões que a "civilização moderna" traz. Com a chegada dos povos civilizados, veio a droga, o turismo e a industria que começou a ter efeitos negativos no povo do mar.

A responsável pelo documentário acaba dizendo: "Os Moken são considerados primitivos pelo seu modo de vida, mas no entanto eles sabem bem o mundo que os rodeiam. Simplesmente querem continuar a viver do modo que os seus antepassados sempre viveram." Espero que consigam manter o seus sonhos e que este povo sobreviva aos novos desafios com que se deparam.